Jurema recebendo o Prêmio Martins Gonçalves promovido, na época, pela TV Aratu. Acho que essa foto é do primeiro ano da premiação. Ao lado de Jurema, Jorge Hage que lhe entregou o troféu.
Jurema coquete, faceira, transformou um antigo vestido de franjas preto em uma blusa de ombro só, usada sobre uma saia. As franjas caíam enviesadas. Ficou ótimo e Jurema brilhou!
Jurema no álbum de Irmãos Coragem com as fotos de todos os atores que trabalharam na novela de Janete Clair.
Esta é uma xerox comum feita de um álbum que era de Antonio Marcelino (Tempostal). Encontrei ele na rua com o álbum-entre ouras coisas embaixo do braço!!-, e pedi pra xerocar a página de Jurema.
Ainda bem que me bati com Marcelino naquele dia KKKKK a foto-xerox está ahaí.
Ótimo texto!
Jurema no Desfile do Quarto Centenário de Salvador em 1949.
Jurema maravilhosa em cena, concentradíssima, o texto na ponta da língua, a dicção perfeita, a inflexão certa, o texto saboreado, burilado nas leituras de mesa, nos ensaios KKKKK
Não sei de qual filme é esta cena. Mandacaru??? O entorno da cena é ótima, os objetos, a mesa, a toalha da mesa com uma padronagem antiga que me lembro demais, KKKK
Quem arrasa, também, é a actriz coadjuvante com o bom penacho na mão, KKKK Cuidado com as coadjuvantes!!! Podem acabar com a cena da actriz principal! KKKK
(foto Google)
Uma pena que Jurema Penna esteja tão esquecida. Se dedicou tanto, a vida toda ao teatro baiano e não é lembrada, não ouço falar mais dela por ahaí.
Convivi com Jurema durante um bom tempo e foi ótimo...demos muitas risadas!!! Ela era muito engraçada, tinha sempre muitas histórias pra contar, falava muitos palavrões, eu também e, assim, íamos rindo.
Mas ela era dramática, trágica. Ás vezes ficava deprimida e chorava muito, principalmente quando produzia as suas peças que não davam o esperado retorno financeiro, não tinham público. E ela saía por aí, pelo interior da Bahia, pelos clubes de Salvador vendendo espetáculos para compensar o fracasso.
E se maldizia, maldizia a profissão. Se torturava. Chorava. Depois passava, vinha outra peça e tudo recomeçava. E assim ela viveu em altos e baixos, pelo menos durante o tempo em que convivemos. Muito riso, mas muito choro também.
Nos últimos tempos era funcionária do Estado e, ganhando um salário fixo, ficou com a vida mais equilibrada.
Vaidosa e coquete, sempre tinha um chapéu, uma boina jogadinha de lado sobre o rosto, usava umas saias que ela "jogava" com blusas variadas e botava um cinto ou uma faixa na cintura e tava ótima. E tome-lhe rua! Adorava uma bota, uma saia-calça, um xale...sempre estava fazendo a faceira.
Adorava entrar nos lugares e ser reconhecida e falava com todos sobre tudo e, principalmente, sobre o seu período global. Gargalhava. Era simpática. Legal. E amiga dos amigos.
Quando ficou doente fui visitá-la diversas vezes e, quando morreu, não fui ao enterro.
Já tinha me despedido.
Tenho tantas lembranças boas de Jurema das tantas coisas e situações engraçadas que vivi com ela. Foi uma época ótima. Muita risadaria!
Tenho saudade, sim, mas ela cumpriu seu papel, seus papéis, sua missão. Viveu bem. Optou por largar a advocacia pelo teatro e ganhou a parada. Foi uma vencedora na carreira de actriz.
Hoje, na página do Jornal do Brasil - 15.04.2015- encontrei esta foto da crítica de teatro Bárbara Heliodora, aliás, uma linda foto de Bárbara com um vestido em estampa de crocodilo e em um click perfeito, acendendo o cigarro. Para minha surpresa, vi que, acima de Bárbara e no meio de vários posters de teatro estava o cartaz de Jurema Penna quando ela fez A Prostituta Respeitosa, de Sartre.
Segundo Jurema, na época, a censura não deixou passar o nome prostituta, então, no cartaz, só tem o "a respeitosa" que ficou sendo o nome da peça.
A Respeitosa, é ótimo!
Nas casas em que Jurema morou e que frequentei, este cartaz estava sempre nas paredes ao lado de muitas outros e de fotos. Me lembro bem do cartaz do filme Mandacaru Vermelho estrelado por ela com direção de Nelson Pereira dos Santos.
Adorei rever Jurema, a respeitada atriz baiana, porém esquecida, e o cartaz maravilhoso de A Respeitosa.
Atrás de Bárbara, também: o cartaz da peça "Mambembando" à qual Jurema sempre se referia.
Por onde estarão esses cartazes????
Lendo um livro que me caiu nas mãos sobre a genealogia do Visconde da Parnaíba e da família Carneiro de Mendonça e os seus ramos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, ao final, tem esta citação à crítica Bárbara Heliodora Carneiro de Mendonça sobre a sua vinda a Salvador para fazer uma palestra.
O livro em questão é de 1965.
Portanto, esta foto de Dona Bárbara deve ser ou no TCA, no Teatro Vila Velha ou no antigo Teatro Santo Antônio, hoje Martim Gonçalves.
Eu ,Yasodhara Barata,rabalhei com jurema Penna no espetaculo os super herois no pais da bella adormecida em 1978 ela dirigiu o espetaculo.Uma pessoa maravilhosa e uma profissional de excelencia.O Teatro baiano precisa resgatar suas memorias
ResponderExcluirOlá, conheço seu pai e sua mãe, pessoas muito legais. Pois é, amiga, Jurema foi uma profissional do teatro baiano tão importante, aliás, ela e toda aquela geração de atores e diretores formados pela antiga Escola de Teatro da Ufba, artistas que deixaram seguidores até hoje, tudo que aí está vem dessa turma dos anos 50, do tempo de Edgard Santos, de Martim Gonçalves.
ResponderExcluirjurema era minha amiga e também trabalhei com ela em algumas peças. Adorava ela, dramática, mas super engraçada.
Pois é, ela e tantos outros estão esquecidos. Que fazer se a memória é curta? Todas as homenagens que se fizer à Jurema Penna serão poucas, porque foi muita a dedicação dela ao Teatro Baiano.
Um abraço.
..conheci esta grande amiga no Instituo Normal da Bahia nos fins dos anos 50. Havia criado junto com os irmãos e atores Reinaldo e Leonel Nunes a Companhia Baiana de Comédia quando em 64 praticamente me intimou a trabalhar com eles... Começamos a ensaiar 'Odorico o bem amado' mas ao ser vetado pela censura Jurema optou em montar um espetáculo baseado na minha experiência em circos: 'Mambembando', era um circo com esquetes y mágicas, que na segunda parte trazia um dramalhão. fiz as músicas da obra que tinha o cenário e figurinos de Jaques Kalburian, tambem autor do cartaz e programa (que ainda os tenho nos meus pertences). Empresei a obra para clubes e até circos em cidades do interior. Mas tarde levei o 'Cocteau 66'à cidades do sul da Bahia, zona onde nasceu a grande atriz. A vida nos levou a outros caminhos mas sempre a visitava, lembrava bons momentos e dávamos boas risadas. Uma pena que as 'novas'gerações de atores/atrizes da Bahia nem lembrem ou saibam que existiu esta talentosa e guerreira mulher. Descanse tranquila amiga inesquecível...
ResponderExcluirConcordo, Edy. Jurema está totalmente esquecida, trabalhou tanto pelo teatro baiano e parece que foi tudo em vão.Jurema era minha amiga também, mas conheci ela em 74 através de um curso que ela deu com Eduardo Cabus na Prefeitura. Fiz muitas peças infantis que ela escrevia e encenava lindamente, tudo muito bem cuidado. Uma delícia ter trabalhado com ela, ríamos horrores...ela era muito engraçada.
ResponderExcluirA peça Mambembando ela falava muito, conheço o cartaz que ficava em todas as casas que ela morava e que frequentei. "A Respeitosa", Cocteau 66... tantas peças e filmes...Mandacaru... Jacques eu não cheguei a conhecer, foi marido dela nos anos 60.
Só lembranças boas de Jurema. Quando ela ficou doente fui várias vezes visitá-la no hospital.
Jurema largou a advocacia para se dedicar ao teatro, sofria horrores atrás de dinheiro para as peças, uma carreira muito divertida, mas cruel.
Um abraço, Edy, um prazer teclar com vc.
Recordações gratificantes, trabalhei com ela numa média metragem na Refinaria de Mataripe, em uma peça que foi filmada, dirigida por ela e Cícero Bathomarco, com a música do Maestro Hamilton Lima, eu fiz o papel principal, era um trabalhador de canavial, que conseguia entrar na Petrobrás e transmitia toda a confiança e felicidade daquele momento, foi uma cena comovente. A equipe tinha um projeto de fazer um filme sobre a revolução dos alfaiates, para isso nós, eu, Jurema Penna e Cícero chegamos a percorrer a cidade para escolher os cenários. Gostaria que dispensassem mais atenção para os valores culturais do nosso estado, como Jurema Penna e o grande maestro Hamilton Lima, que dirigiu os principais corais de Salvador naquela época.
ResponderExcluirOlá, Turíbio. Nunca ouvi falar desse filme, na época eu andava afastado de Jurema, não via ela, não nos encontrávamos. Esse filme deve estar em algum arquivo da Biblioteca dos Barris...não sei. Hamilton Lima também não me lembro e Cícero também não. Jurema não parava, fez muitas coisas. Vou olhar no Google pra ver se acho alguma coisa sobre o filme.
ResponderExcluirJurema está completamente esquecida. Um horror!!!!!
Um abraço.