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sábado, 24 de julho de 2021

VI Festival Internacional da Canção . 1971


 Matérias em o Domingo Ilustrado de outubro de 1971. Textos e fotos da equipe do jornal e uma página inteira com texto de Arnaldo Jabor sobre o VI Festival Internacional da Canção, acontecido naquele ano de 71 no Rio de Janeiro.

Apurem as vistas moçada!















Abaixo a capa do Domingo Ilustrado, maravilha de jornal/revista, super colorido, lindo, super bem cuidado, diagramado e impresso em papel maravilhoso - está perfeito até agora passados 50 anos! - e editado por Samuel Weiner.



segunda-feira, 19 de julho de 2021

Boites Flag e Number One




Um leitor aqui do blog me pediu há tempos que eu fotografasse para ele uma página do jornal Domingo Ilustrado, uma coleção que meu pai fez nos anos 70 - 1971 - e depois me deu de presente os exemplares encadernados. Fiz as fotos e depois fotografei outras coisas interessantes pra colocar aqui, como essa matéria sobre as casas noturnas Flag e a Number One que, naquele ano de 71, estavam dividindo a frequência dos boêmios, intelectuais e elegantes cariocas da época. "Guerra na Noite" foi como chamou a jornalista Maria Lúcia - seria a Dahl? - para a divisão e as preferências dos notívagos cariocas.
Me lembro que por essa época li uma entrevista de Danuza Leão e ela dizia que a vontade que ela tinha naquele momento seria cantar na noite do Flag. Será que cantou? Deve ter cantado. Quem recusaria um desejo  de Danuza?
O que eu gostei também foi ver as fachadas das duas casas noturnas que eu nunca tinha visto, imagens dos seus interiores e os seus frequentadores, todos elegantes, cada qual defendendo os seus territórios.
E quem seria esta cantora se apresentando?











 


Página do Domingo Ilustrado de agosto de 1971.

sexta-feira, 16 de julho de 2021

É Rock!


 Ilustração na capa do livro Televisão da coleção Biblioteca das Crianças, Editora Abril Cultural, 1973.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Mme. A. M. Spavièr e Mme. Ottra Mary - Duas Modistas na antiga Capital Federal


No caderno de moldes do Jornal das Moças - aqueles enormes que vinham com os riscos dos vestidos - dois nomes me chamaram a atenção, o de Ottra Mary - fundadora da Escola Regis - e A. M. Spavièr, duas madames, duas modistas, suponho estrangeiras, de origens polonesa ou francesa e que tinham seus ateliers estabelecidos no Rio de Janeiro, na época, a Capital Federal e centro da moda e da elegância. A vitrine do Brasil.
A esses dois ateliers de moda, imagino quantos outros deveriam existir, já que o Rio era ótimo mercado de moda. Tenho conhecimento  do ateliê de MMe. Selda Potocka, polonesa radicada no Brasil desde 1914 e de Lila Sirkis, outra polonesa, chegada aqui depois da Segunda Guerra e que, no Rio, abriu a Maison Liliane que foi um dos ateliers de moda mais prestigiados e requisitados pelas elegantes da alta sociedade carioca. D. Lila Sirkis, com seus noventa e tantos anos ainda vive. Sobreviveu à Segunda Guerra e à morte do filho, o deputado Alfredo Sirkis.
Interessante, e eu adoro, é o texto que descreve os modelos criados pelas madames e as recriações por elas de modelos de vestidos usados por atrizes famosas da época. Nem precisa dizer que fico babando com esses detalhes.
Esses cadernos de moda aqui, vão do início dos anos 40 aos anos 50, portanto, as madames tiveram muito trabalho durante décadas. Criaram, cortaram e costuraram como umas loucas. Havia mercado de moda. 
Rainhas do ofício das agulhas e linhas.
No mais, não se discute com madames.
 





Sei que está em curso uma pesquisa sobre Mme. Selda Potocka. Outras pesquisas sobre outras 'madames' da moda poderiam ser feitas por alguém ligado ao ramo, estudantes de moda. 
No livro Memórias de Velhos de Ecléa Bosi, uma das senhorinhas entrevistadas contou que, quando era mocinha, trabalhou para uma casa de costura e que, diariamente, fazia metros de bainha aberta. A dona era uma senhora, uma 'madame'. Em São Paulo também devia haver muitas modistas, as 'madames costureiras'.


Fiz essa postagem há dois dias e, pensando nas Madames Modistas, me lembrei primeiramente da pesquisa sobre Mme. Selda Potocka em andamento e, hoje, lembrei de uma outra Madame, a Campos
Madame Campos tinha uma escola de corte e costura com método próprio desenvolvido por ela no Rio de Janeiro. Ela é uma outra profissional das agulhas e das linhas que poderia ser pesquisada por alguém que esteja desenvolvendo  pesquisa sobre moda.
Madame Campos sempre estava como jurada nos desfiles de fantasia do Municipal e do Hotel Glória e onde mais acontecessem  desfiles. Me lembro bem da figura de Mme. Campos, gordinha, super bem vestida e muito bem maquiada a abrilhantar a mesa do júri.
Pois é, lembrei-me das Madames Modistas que além de executarem um trabalho de excelência davam emprego às mocinhas costureiras, bordadeiras, as prendadas da época.
As Madames, na verdade, não querem que o samba acabe, elas gostam e também caem no samba, as Madames gostam que todas sambem, desde que bem vestidas pra não darem vexame!









-Ai, Mme. Ottra Mary, estou toda furada com esses alfinetes!
-Inquieta!
-Espevitada!
-Mme. Spavièr nunca me furou nas provas!
-Aquela francesa! Volte pra maison dela, volte. E aqui você não trabalha mais! Ingrata!
-Ai, Mme. Ottra Mary! Eu sou uma pobre manequim!
-Malcriada, isto sim! 
-Insipiente!
-Ai, Mme. Ottra Mary!
(ilustrações da coleção Horas Preciosas da Infância)


















Mme. Ottra Mary, brilhante modista...


Lucille Norman, a rútila estrela cinematográfica, em lindo ensemble ineditamente guarnecido de botões...














Sobremodo elegante, o modelo duas peças usado por Rhonda Fleming na comédia cinematográfica O Gostosão