A vida é assim, pessoas guardam coisas de outras até que essas lembranças ficam largadas e se perdem, perdem a identidade e viram entulho de brechó, já não são mais aqueles, viram qualquer um, pessoas que um dia existiram.
Agora é o próprio guardador, o conservador que está numa reta final e nem se guardar ele pode.
As fotografias em cartão, da segunda metade do XIX, serviram para fazer dois pendentifs lindos em ouro baixo, 14K - prefiro ele ao 18K -, pois têm um tom acobreado e envelhecem lindamente, e com o vidro bombé que não encostam nas imagens e as conservam melhor.
Essas fotos eu fiz quando Walter já estava doente, mas em sua casa em 2018.
Jorge
ResponderExcluirPerdi um comentário.
Realmente é uma dor de alma, quando alguém morre sem conseguir passar a memória da família e da história individual aos mais novos.
Nos últimos tempos desenvolvi uma verdadeira paixão pela fotografia antiga e quando vi as fotos embrulhadas, pensei de imediato, em que estúdios fotográficos foram tiradas? terão dedicatórias?
Aliás, na foto do jovem, talvez no teu computador consigas ampliar o retrato e identificar o fotografo.
Um abraço lusitano
Luís, eu vou procurar saber se essas fotografias ainda existem, com quem ficou.Os dos eram daqui da Bahia, do Recôncavo. Podem ter sido tiradas lá mesmo.
ResponderExcluirHoje eu vi Walter em vídeo chamada, mas ele está sem aparelho auditivo e só trocamos olhares. Ele chorou, coitado. Esta em um asilo.
Vou ver se consigo ampliar a imagem.
Um abraço, querido.