Aqui em Salvador, lembro da linda Av. Paralela que hoje, não tem mais nada daquilo que ele projetou, pois virou uma via férrea. Quem não amava entrar por ali e ver os jardins e canteiros no meio da pista, imensos, largos e cheios de plantas frutíferas e flores, uma coisa maravilhosa! Antes de chegar ao Centro Administrativo para trabalhar, todo soteropolitano, sejam os que iam de ônibus ou de carro se maravilhavam e relaxavam com aquele jardim de Burle Marx, o jardim que ele projetou para os baianos. Um presente verde. Era um relax antes de cair no batente.
O paisagista já se foi, mas deixou muitos seguidores e admiradores que estão por aqui no Brasil e no mundo plantando as suas ideias. Se estivesse vivo, enlouqueceria com o presente que estamos vivendo de fogo, fumaça e cinzas, de devastação das matas, do verde que ele amou mais que tudo.
Essa matéria que escaneei está em uma revista Manchete de janeiro de 1982. Já naquela época ele andava assustado com a perspectiva negativa do que viria a acontecer no Brasil se não houvesse preservação do nosso meio ambiente.
E deu no que deu.