segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Madeleine Francine Biberia e o Amor à Arte 2


Essa página do Jornal do Brasil de 14 de setembro de 1980, me foi enviada por um amigo que morava no Rio de janeiro na época. Ele ficou impressionadíssimo com a história da Sra. Madeleine Francine Biberia, a Madame Francine. E eu quando recebi a página do jornal pelo correio e li, fiquei também espantado com a história, perplexo e, também,  com uma grande admiração por aquela mulher.
Algumas coisas que ele diz são espetaculares à respeito da sua coleção, o porquê da sua paixão pelos objetos de arte antigos, milenares, o porquê da sua coleção, busca de uma vida inteira pelo mundo todo.
No outro post eu disse que havia ocorrido uma fatalidade em relação à perda da sua coleção, na verdade ela foi vítima de alguém que tentou matá-la e destruir o seu patrimônio. Bem, para saber o que foi que realmente aconteceu só lendo esta matéria que foi escrita por Susana Schild e com fotos de Agnaldo Ramos que documenta o caos que se tornou o apartamento de Madame Francine.
Esta folha de jornal é de 1980, portanto o fato ocorreu há 39 anos! A folha resistiu...
Procurei saber sobre a vida de Madeleine Francine Biberia e as poucas coisas que descobri foi a sua data de nascimento, 07.03.1919 na Romênia, que veio para o Rio de Janeiro em 1955, casou-se com o psicanalista Gerson Borsoi que faleceu um ano antes do ocorrido no apartamento do casal. Madame Francine veio a falecer no Rio de Janeiro em data não precisa.
Em 1957, Madame Francine escreveu um livro de suas memórias que está à venda na Net em sites estrangeiros. 













2 comentários:

  1. Jorge

    Realmente é uma pena estas colecções particulares perderem-se. Por vezes são tão interessantes ou mais que os museus, pois denotam um gosto particular, uma forma de estar na vida. Com a função de servir uma comunidade, os museus apresentam um gosto institucional.

    Os colecionadores ou são ricos e fazem uma fundação ou as suas obras de arte são vendidas em leilão, ou a um antiquário, que por sua vez desmembra o conjunto e revende a outros antiquários. Por vezes os museus aceitam legados dos colecionadores, mas só pequenas partes, aquilo que completa o conjunto de obras de arte, quem tem à guarda.

    Enfim, uma colecção é para se gozar em vida. Depois da nossa morte, tudo é disperso por 30 ou 40 lugares distintos.

    Um abraço

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  2. Era a coleção particular de uma pessoa montada durante anos, com peças escolhidas e recolhidas com muita dificuldade mundo afora. Peças históricas, milenares. Conservadas durante anos. E como perder tudo isso de repente e de forma criminosa???
    É coisa de enlouquecer.
    Eu li essa matéria na época e confesso nem lembrava até que fazendo uma arrumação e ela me caiu de dentro de uma revista (por ironia a Vida Doméstica kkkk). Reli e me deu um choque tremendo, talvez por que hoje sou mais apegado às velharias.
    Não sei onde as coisas dela que sobraram foram parar, como não tinham filhos, deve ter se desfeito aqui e ali. Foram parar nos antiquários do Rio.
    A casa de Madame Francine deveria ter uma energia que emanava dos objetos, ela própria deveria ser uma mulher vibrante e de muita personalidade.
    Confesso que fiquei deprimido com essa notícia já lida, requentada, mas que agora me calou fundo e de outra maneira. Talvez por que eu esteja mais velho e tenha mais consciência do transitório. O do nada somos.
    Espero que Madame Francine esteja repousando em paz, o nome dela foi aqui lembrado e não deve ter sido em vão. Serviu pra alguma reflexão. Que ela tenha virado uma pedra preciosa. Um talismã. Um mazagran que se toma e se refresca.
    Tudo de bom pra você.

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