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quinta-feira, 12 de julho de 2018

O Crush e a Velha Bahia


Anúncio super bonito do refrigerante Crush com detalhe da antiga rampa do Mercado Modelo ainda com os lindos saveiros que aportavam lá nas idas e vindas para o Recôncavo baiano. Era lindo aqueles saveiros abarrotados de potes de barro e muitas frutas e frutos do mar. Hoje não há mais nenhum saveiro ali,  nem para contar a história...
Nessa época - o anúncio é da revista Seleções de abril de 1965 - ainda se associava os saveiros à Bahia, a Salvador. Hoje eu nem sei o quê se associa a esta cidade de meu deus! Tudo  mudou muito, perdeu-se o antigo feitiço desta terra.
Os prédios do antiga Biblioteca Pública e o da Imprensa Oficial da Bahia que estão à esquerda do Elevador Lacerda, já foram para o espaço, foram demolidos!!!!!!!
O Crush era um refrigerante delicioso, assim como todos os que haviam feitos à base de laranja naquela época: Sukita, Laranja Turva, Fanta e Mirinda. Quem experimentou algum desses, deve ter guardado o sabor na lembrança. 
Há séculos que não tomo refrigerante nenhum, mas sei que devem estar medonhos e sem gosto.
A fábrica da Crush - eu já comentei aqui - ficava na Av. Fernandes da Cunha, no bairro em que eu morei a minha infância e adolescência, os Mares, já quase perto do Largo de Roma. Quando eu passava pela porta da "moderníssima fábrica" que tinha um grande janelão envidraçado na frente, sempre eu olhava para dentro e via as garrafas passando, desfilando, nas esteiras, já com o líquido, para receber as tampinhas. Era um bom espetáculo para os meus dias insossos.
Tim-Tim.


Os edifícios demolidos - nos anos 70 - que se veem no antigo reclame da Crush. (Google)



Mil saveiros. Mil velas entrelaçadas cortando o azul do céu e do mar. E com direito a tomar Crusch. (Google)



Saúde, Bahia!