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sábado, 2 de junho de 2018

Antigo Edifício/Sede dos Correios e Telégrafos de Belém do Pará


Ano passado comprei em um antiquário/brechó daqui de Salvador este álbum de fotografias com imagens de uma sede dos correios que julguei inicialmente serem da sede daqui, mas chegando em casa e apurando a vista percebi que não era. 
E qual sede seria esta e de qual estado do Brasil??? Só hoje, quase um ano depois, me deliberei a fuçar o Google e, Estado por Estado do Brasil, começando pela região sul fui olhando e comparando as imagens com as fotos do meu álbum.
Da região sul cheguei à norte e lá encontrei a sede dos correios na capital do Pará, Belém. Ufa! O Brasil é grande até pra se procurar alguma coisa sentado em frente ao computador - dá canseira - nada é fácil nessa imensidão...
As fotos do álbum devem ter sido feitas quando a obra do edifício já estava pronta, acabada, mas ainda não estava em funcionamento, não havia sido entregue à população. A construção está novinha em folha! 
As fotos são bem detalhadas, todos os ambientes e salas, os balcões para atendimento do público, áreas de circulação internas do prédio, banheiros. Uma beleza!!! Segundo o Google o edifício é uma construção de 1940.
Então, vamos conhecer por dentro como é (será que ainda se mantém assim???) ou como era a sede antiga dos Correios e Telégrafos de Belém.






À esquerda um pequeno bebedor de água, com uma bacia de louça inglesa. Lindo! 
Numa altura dessas não deverá existir mais.




Construção super sólida e austera, sem salamaleques na decoração, como bem convinha a uma repartição pública.



O hall de entrada.



Lustres ótimos de vidro opalinado. Ainda existem????? Se foram substituídos é uma pena, são a cara do ambiente.


No canto direito outro bebedor de água em louça inglesa, com certeza. Estará lá ainda???? Acho que não.

 Seção de separação das cartas e encomendas??? Deve ser. O piso de taco de madeira, maravilhoso. Hoje será que ainda se pisa nele ou já mudaram para o porcelanato medonho????


Banheiro ótimo, aliás um grande salão. As pias lindas e a pequena, bojuda, eu adoraria tê-la aqui em casa! Aliás, não entendi o porquê dessa pia pequena e diferente das demais. Era só para as mãos???


 As latrinas - essa palavra não se usa mais!, agora é vaso, bacias sanitárias, eufemismos modernos e assépticos para a nossa querida e velha companheira, a latrina. Essas eram inglesas de boníssima louça grossa e as tampas em madeira ainda novinhas e bem laqueadas. Depois a madeira começava a envelhecer e ficava um fedor que ninguém aguentava.
Quando menino ainda peguei o tempo das tábuas de latrina em madeira. Velhas e já bem usadas ficavam carcomidas, a tampa desprendia, ficavam um horror, podres! Quando chegava a este estado, trocava-se, mas eram caras!  
Felizmente, começaram a fabricar as tábuas - tampas - de latrina em matéria plástica.


 Louça sanitária inglesa - da boa! - e novinha em folha!!! A tábua - ainda - impecável - e tinha bidê!!!!!!!! Nota 10 para o banheiro do correio!!!
O piso hidráulico, bem típico para banheiros e cozinhas e para áreas de serviço...lindo!



As três fotos abaixo estavam coladas e destoavam do tema correio. Bem de leve tentei descolar e, atrás, está escrito à máquina:

 1- Stand dos produtos econômicos durante a exposição de animais ( Amapá ).

 2 - Cine Teatro de Macapá ( Amapá ).

 3 - Duas palhoças de caboclos nativos à margem da mata e de um igarapé ( Amapá ).

 Abaixo, 12 variações em cima de uma mesma foto para melhor ver como é que era o entorno do correio de Belém.
Todas as fotos que estão aqui foram fotografadas porque o álbum é muito grande e não dá no scaner.













Carinha e Viandada






Anúncio de 1957 na revista Seleções da Viandada Swift
Uma miséria comer, hoje, esta "carne bovina afiambrada" em latas. Mas, na minha infância, a latinha com a carne fazia sucesso na mesa...às vezes e para piorar a situação, faziam à milanesa. Imaginemos a quantidade de gordura que levávamos ao buxo!
Mas que era uma delícia, isto era! Agora nem me imagino ingerindo um treco desses, pois além de fazer muito mal à saúde é um boi, todos os restos de um boi aprisionado em uma lata, sofrimento na lata.
Ainda como carne - pouca -  mas encarar uma viandada, um kitut, deus é muito mais!
Enfim, o post é da carinha da dona de casa satisfeita em ter uma carne em lata que quebrava o galho, safava a onça - como diz minha mãe - na hora do aperto. E a latinha que era lindinha e forrada de papel.