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domingo, 25 de fevereiro de 2018
O Contrato da Professora . 1923
Recebi hoje, de uma amiga, este hilário Contrato de Professores que, aliás, destinava-se às professoras, digo, às senhoritas professoras em 1923.
Os itens do tal contrato são absurdos e hoje, lendo um texto desse, nos lembra um texto de humor, de humor surreal.
As exigências e os requisitos para as senhoritas poderem assumir à cátedra eram espartanos, elas não podiam sair da linha, o comportamento seria impecável e, qualquer deslize, demissão!
Eu ganhei o meu dia hoje com este presente/contrato que ganhei. É de morrer de rir. KKKKKKKKKKKK
A ilustração de cima é de Renato Silva do livro Cazuza de Viriato Corrêa e, a de baixo, do livro A Caminho da Leitura de Wanda Rollin Pinheiro Lopes que possui dois ilustradores, a Professora Eddy da Silva Torres e Luís Fabiano de Oliveira. Ilustrações do tempo em que se "amarrava cachorro com linguiça" e se assinava este soberbo Contrato de Professores. KKKKKKKKKKKK
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Laranja Turva . 2
Fui ver a exposição Mulher-Dama no Museu Nacional de Cultura Afro Brasileira com fotografias de Flávio Damm feitas em um dos muitos e antigos endereços de meretrícios que havia em Salvador. Este, muito famoso, ficava na Ladeira da Montanha.
As fotos são dos anos 60.
Em uma das fotografias tem um antigo anúncio em placa de metal da Laranja Turva, refrigerante feito aqui na Bahia de saudoso gosto e memória. Não resisti e bati a foto da foto.
A Laranja Turva não existe mais, assim como as casas de trabalho das mulheres-damas que, por sinal, não resta quase nenhuma ainda de pé. A Ladeira da Montanha está oca, desdentada, sem as lindas casas, na verdade, casarões, que se erguiam na sua encosta. E as prostitutas se foram junto com eles.
Não se faz mais a vida e não há vida na Ladeira da Montanha que virou uma ladeira qualquer, uma via de passagem e não mais um destino onde se ia atrás de diversão e prazer.
Tempo turvo o de hoje.
De quebra um anúncio em placa de metal da CocaCola.
Essas propagandas com desenhos feitos por cima de placas de metal, de flandre, sei lá, com o tempo iam enferrujando e perdiam a leitura.
Turva.
Uma das moradoras da Montanha em foto maravilhosa de Flávio Damm. Esta mulher em "bobs" kkkkk - à noite ela devia soltar os cabelos - e a sobrancelha kkkkk simplesmente magnífica!!!!!
Ele devia tomar muita Laranja Turva.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Caridade
Já fiz um postagem sobre o Hospital Santa Isabel e já tinha colocado uma foto desta estátua da Caridade, mas, tendo que ir lá recentemente, resolvi fazer outras imagens e registrar a marca do fabricante português a Devezas - Porto e as letras BO, que não sei a que se referem.
O material é a faiança e executada por molde. Deveria ter uma pátina brilhante muito bonita. Não tem mais. Deram umas mãos de tinta, a última em 1995 marcado na base.
A escultura é muito bonita, é um belo trabalho, porém já sofreu repinturas durante este longo tempo em que ela está ali no HSI num cantinho de um grande salão.
Os restauros e repinturas são perigosos, pois corre-se o risco da obra fica ilegível. De Caridade ela pode passar, de repente, para Carnaval.
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Carrinhos e a Matemática
A subtração, também, encerra ideia de roubo, subtração que pode ser de carro, roubo de carro e etc.etc. É o que rola por aí. Muita subtração e muito roubo.
No mais, eu adorei mesmo esses desenhos de carrinhos em um livro velho de matemática.
É isto o que a postagem encerra.
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Yara Andrade
Essa matéria com Yara Andrade é de 1988, revista Interview, texto de Michael Koellreuter e fotos de Paulo Sabugosa.
Das muitas revistas que eu tinha, selecionei várias matérias que me interessaram por um motivo ou por outro e joguei o resto fora, pois haja espaço pra guardar papel, as minhas queridas revistas velhas. Moro quase sempre em apartamentos pequenos - "infelizmente sou da classe média", como diz os versos da canção de Lamartine Babo - nada que se compare a essa apê magnífico de Yara Andrade onde eu teria, é claro, espaço de sobra pra estocar muito papel velho. Mas...
O que me fez guardar mesmo esta matéria, foi o fato de eu saber que a d. Yara foi a grande amiga de Carmen Mayrink Veiga por anos a fio. Desde o final dos anos 70 que via nas revistas e jornais as duas empencadas, lindas, elegantérrimas, felizes e aos risos pelo Brasil e pelo mundo. Acho que as duas se afinaram ou se afinavam em muitas coisa. Carmen era amiga de todas, estava sempre com muitas amigas, mas, com Yara parece que a amizade era diferente, tipo duas irmãs e daquelas que realmente se gostam.
Na época da doença e da morte de Guilherme Guimarães, li, em Hilde - só poderia ser lá - que d. Yara foi a amiga que ficou ao seu lado até o fim e que Carmen, outra grande amiga e musa do costureiro lhe fornecia alimentação! A dupla feliz Carmen/Yara, na doença do amigo souberam também se unir e serem presentes e solidárias. Achei isso mais que legal. Corretíssimo.
Não sei se Yara Andrade chegou a ser musa do grande costureiro brasileiro Guilherme Guimarães como foram Carmen Mayrink Veiga, Christiana Neves da Rocha e Tonia Carrero, mas que Yara Andrade foi uma fada para ele, isto ela foi!
Abaixo, algumas fotos de Yara Andrade com a amiga Carmen que eu já tinha postado aqui no blog.
E o trio mais que elegante: Josephina Jordan, Carmen Mayrink Veiga e Yara Andrade.
Salvador Oca
Salvei essa foto que saiu no Correio da Bahia, 16.02.2017, porque fiquei surpreso com o corredor de casas ocas, esqueletos do que já foi uma fileira de casas - sete - geminadas que deviam formar um quarteirão e ficam em frente a entrada do Elevador do Pilar na parte baixa. Pela foto dá pra ver que elas ficam na parte de trás de um grande trapiche que hoje serve de estacionamento e, às vezes, se presta para espaço de eventos.
Nessa zona da cidade que fica no comércio, na Cidade Baixa, ficava a antiga Receita Federal que, ao mudar de local, diminuiu em muito a circulação de gente por ali. O Mercado do Ouro e a Igreja do Pilar também estão na região que um lugar que abriga comércio que vende a grosso, atacado, frigoríficos, ou seja, é um local geralmente sem grande movimento.
A Igreja do Pilar foi totalmente restaurada e está linda e nos trinques, mas o movimento dela fica restrito às missas nos domingos e na festa de Santa Luzia em dezembro quando há a novena, a procissão e a parte profana da festa. A fonte de Santa Luzia com a água santa que corre no terreno da igreja atrai pessoas doentes dos olhos ao local e sempre há essa movimentação dos fies.
Mas o local é meio pro ermo, meio pro deserto e parado. Eu raríssimamente vou ali e, até hoje, não visitei a igreja pós restauro. É daqueles lugares "que se tem que decretar para ir", "tomar coragem" e tirar um dia para levar a visita adiante.
Fiquei espantado com os paredões ocos de casas que outrora, e põe outrora nisso, deveria ser de casas comerciais que, pela pela falta de fregueses e do pouco movimento, foram fechando, terminaram desabando e hoje estão desse jeito, ocas, hirtas por fora, "seguras por deus", só com as paredes externas e sem serventia e sem, talvez, um projeto de revitalização de uso, reuso etc. etc.
Fico nos etc. pois Salvador está cheia desses esqueletos da arquitetura urbana.
É triste.
O trapiche que fica na frente da rua no comércio, cidade baixa. As "ocas" ficam atrás.
A entrada do Elevador do Pilar pela entrada do bairro de Santo Antonio, cidade alta.
sábado, 17 de fevereiro de 2018
Uma Ilustração de Lima Freitas
Essa Coleção Vampiro era de livros populares, de suspense e de aventuras eu acho - nunca li. Já coloquei uma outra capa dessa coleção aqui no blog. Hoje, fazendo um "footing" elegante pelos sebos de minha terra kkkk, encontrei uma porrada desses livros a 1 real kkk, mas só esse que me interessou.
Fui ao Google e achei lá a vida e obra desse ótimo artista português, Lima Freitas, que ilustrou inúmeras capas de livros e revistas durante muitas décadas. Mais informações é só entrar lá para ler.
O vampirinho da marca da coleção é adorável!!!
Ai, que medo!!!!!
Interessante também, foi ficar sabendo que quem comprou este livro na época - outubro de 1960 - o fez nesta Livraria e Papelaria Mourelise daqui de Salvador e que eu nunca ouvi falar, apesar de ficar no centro
Outra coisa legal é este texto, "Advertência ao Leitor" - sobre livros novos e velhos, ótimo e bem explicativo kkkkk mas, eu sou exatamente o oposto, adoro um livro manuseado, velho e barato se for possível. Quando compro, higienizo e lavo bem as minhas mãozinhas.
Adoraria ter sido freguês da Mourelise...
-O Sr. tem o O Sinal do Morto de John Dickson Carr?
-Já temos sim, rapaz, acabou de chegar agorinha mesmo.
-Que bom! Eu adoro os títulos da Coleção Vampiro.
A contracapa anunciando o novo número, tchan, tchan, tchan... Ai, que medo!!!
Ui!!! Sai vampiro!!! Mas, ele é tão bonitinho e simpático...
E a capa de O Sinal do Morto. Não vou ler, então não vai me meter medo.
A capa é linda.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
The Cat . Jean Metzinger
The Cat, obra de 1915 de Jean Metzinger,1883/1956.
Comprei recentemente os três livros de Dan Franck, Paris Boemia, Paris Libertária e Paris Sitiada, nos quais ele trata dos artistas que fizeram a chamada arte moderna, romperam de vez com a arte acadêmica e criaram novas formas formas de expressão na pintura, escultura, literatura etc.
Este assunto era tudo o que eu queria ler no momento, saber sobre aquelas pessoas loucas que viviam em Paris e revolucionaram o mundo das artes.
Geralmente quando a gente pensa em arte moderna, ficamos centrados nos nomes vitrines ou os mais conhecidos, como Picasso, Braque, Picabia, Matisse, Juan Gris e mais alguns, mas eles, os artistas, eram muitos, eram muitos os pintores, escultores, escritores e poetas que ficaram eclipsados pela fama de alguns. Jean Metzinger é um deles.
Fui lendo o primeiro livro e marcando os nomes desses artistas que fizeram aquele movimento, muitos para mim desconhecidos e para buscar, depois, imagens no Google e conhecer as suas obras.
Na pesquisa, me deparei logo com esse gato de Metzinger e com outras coisas magníficas dele.
Arrastei logo esse gato pra cá!
Belíssimo!
Que bom que ainda estou fazendo descobertas.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Gato . Desenho de Percy Deane
Gravura de Percy Deanne, numerada, e que está no Google para todos verem, admirarem e eu tratei de arrastar rapidinho aqui para o blog.
Depois de ter feito uma postagem para o carnaval em que escaneei uns desenhos de Percy Deanne, achei no Google vários trabalhos dele que não conhecia, aliás, só conhecia mesmo os desenhos do livro Contos de Carnaval.
Quantos artistas maravilhosos nós temos e não sabemos ou desconhecemos. Há uma fartura deles!!!!
É claro que adorei este gato de Percy Deanne. Perfeito.
E para encerrar os babados de carnaval, nada melhor que a placidez e a tranquilidade desse gatinho.
É gato, tô dentro!
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
Contos de Carnaval . Telas de Heitor dos Prazeres . Eurídice Bressani . Carlos Coelho Louzada
Voltando da Folia de Eurídice Bressani.
Ensaio da Cabrocha no Terreiro de Heitor dos Prazeres.
Abaixo, Carnavalescos de Carlos Coelho Louzada.
Três quadros em estilo "naif" sobre o tema carnaval e que estão na contracapa do livro Contos de Carnaval.
Não achei nenhuma imagem dessas obras no Google. Procurei e não achei: então, são "novidades" aqui do blog.
Interessante, nesta publicação, é a citação dos nomes dos proprietários de duas obras, a de Di Cavalcanti, que é capa do livro e a de Heitor dos Prazeres que está na contracapa.
A edição do livro pela Edições de Ouro é de de 1965. Eu comprei exatamente dez anos depois em 1975.
Procurei o Contos de Carnaval em sites de venda de livros e não encontrei. Achei em um site de leilão sendo ofertado e já vendido em um lote.
Portanto, hoje, eu sou o feliz proprietário de um livro raro e que não foi reeditado.
Que ótimo! Aceito boas ofertas para venda.
Só boas ofertas!