Rótulo de embalagem. Não sei de qual produto e nem da marca, apesar de me ser familiar.
Adoro o desenho que, recortado sobre fundo preto, ficou mais bonito ainda.
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domingo, 12 de junho de 2016
Boneca
Ganhei esta boneca de biscuit de presente do meu amigo Walter. Costumamos trocar velharias, as inutilidades vitais das quais necessitamos - como uma droga - para viver. E a boneca foi logo para a vitrine de onde tirei hoje para passear e fotografar.
A bonequinha deve ser dos anos 20, 30 e está muito sujinha - já tentei tirar a sujeira, que parece um acúmulo de cocô de mosca, mas não sai. Xá pra lá!
Acho que ela tinha cabelos, uma peruquinha presa à cabeça, poderia ter uns enfeites a mais na roupinha de massa rendada. Mas não tem, está assim, pobrinha!
Talvez ela estivesse no fundo de um armário esquecida, numa gaveta misturada a um tudo. Se sujou.
Boneca da sarjeta, de becos escuros, das ruas escuras onde ficam as casas velhas onde deveria ser a sua penúltima morada.
Agora ela está muito bem tratada e na minha vitrine de cristal. Sobre um soberbo pedestal. KKK
Me lembrei de Carlos Galhardo - cantor preferido de minha avó - cantando Boneca, que eu ouvia muito pelo rádio nas tardes que morriam tristonhas e, mais ainda, na voz roufenha do cantor.
Com vocês, Boneca!