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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Feliz 2017


A pomba do Divino Espírito Santo que fica no teto da entrada da Igreja da Piedade em Salvador, Bahia.

"Vem, ó criador infinito,
A mente dos teus visita,
E os peitos que criastes
Enche de graça infinita." 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Freira Vicentina em Pintura de Reynaldo Fonseca


Ontem passeando, "peregrinando" pelo blog Peregrina Cultural, lendo os textos ótimos que tem por lá e vendo as inúmeras pinturas, desenhos, ilustrações e as obras de arte selecionadas pela sua "dona" e que faz o blog super lindo, encontrei esta pintura de uma freira vicentina e crianças. 
É claro que tratei de arrastar e trazer para aqui, pois, como sabem os meus seguidores e avulsos que fuçam o Antiguinho, as freiras vicentinas - e o chapéu corneta - são a prata e o ouro da casa. A elas já fiz e farei inúmeros posts. Adoro uma Vicentina!
Acho que em outra encarnação eu fui uma Vicentina, aquela bem caridosa e prendada, de bastidor na mão a bordar em ponto miúdo, lencinhos delicados em cambraia finíssima. E sempre de chapéu, evidentemente, não tirava nem para dormir!
A pintura chama-se Crianças no Pátio, é de 1980 e o seu autor é Reynaldo Fonseca.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Guilherme Guimarães

 A noiva abaixo, vestindo um Guilherme Guimarães, suponho, suponho que seja Christiana Neves da Rocha no dia do seu casamento.
As duas fotos, a de Guilherme e da"suposta" Christiana, não são das minhas revistas velhas, são as de todos nós, do Google.


Guilherme Guimarães foi um dos maiores costureiros, como assim se chamavam antigamente aqueles que faziam roupas exclusivas e feitas sob encomenda para as mulheres verdadeiramente elegantes, de fino trato, ricas e, é claro, de muitíssimo bom gosto. 
Guilherme Guimarães não vestia cafonas. 
Entre as suas clientes figuravam as mais elegantes como, Carmen Mayrink Veiga e Christiana Neves da Rocha que são, aqui no Brasil e para euzinho, as mais incríveis mulheres que pintaram na terra de Vera Cruz  e, pelo visto e pelo andar da carruagem, outras não pintarão jamais, pois acabaram as realmente elegantes e os costureiros. 
Denner, Clodovil e agora, Guilherme Guimarães, já não estão aqui. Foram para outra maison, a eterna. 
Infelizmente esta profissão - costureiro, figurinista - é vista como uma coisa fútil, quando na verdade é uma profissão das mais sérias e trabalhosas, pois é uma verdadeira arquitetura com cálculos mil e provas mil, até o resultado final, a roupa/obra de arte construída, arquitetada e finalmente erguida. E o suporte? O corpinho da elegante exibindo o talento do artista, costureiro e criador.
Sim, Guilherme Guimarães era um criador dos mais sérios e aplicados da sua profissão que, com sua morte, aqui no Brasil e no mundo vai fazer falta. Guilherme Guimarães faleceu no Rio de Janeiro aos 76 anos, no último dia 24 de dezembro de 2016.



Carmen Mayrink Veiga vestindo Guilherme Guimarães em foto de jornal dos meus guardados e já colocada aqui, em outro post.



Gal usou dois figurinos de Guilherme no show Gal Tropical com em 1980. 


As duas fotos de Gal em preto e branco são de Thereza Eugênia.


Fotos do Google.




Christiana Neves da Rocha vestindo Guilherme Guimarães, 1975.



sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Boas Festas para os Amigos do Antiguinho!!!!!



Faço minhas as lindas e inspiradíssimas palavras do Sr. José Serra, homônimo do  nosso atual ministro. Aliás, seria dele este singelo cartãozinho comprado por mim em um humílimo brechó??? Será que este cartão andou meio mundo e veio parar em Salvador/Bahia??kkkkk 
Mas isto não importa decididamente, o que importa é a imagem sempre renovada do nascimento de Jesus no cartão. O silêncio de Maria. A discrição de São José. O significado desta cena para nós católicos, cristãos. Este é o Natal. O oposto é o Natal apavorante dos shoppings, das ruas congestionadas de gente sôfrega atrás de um presente, de uma lembrancinha. Uma agonia! 
Será que o mundo vai acabar no dia 26 pra essa gente????
No mais: Que os sinos de natal...


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Cura-dores de Adriana Tabalipa


Exposição de Adriana Tabalipa em Salvador, 2012. 
Guardei o catálogo. 
Gostei muito desses dois trabalhos de blisters de medicamentos sobre madeira chamados de Cura-dores.


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Sagrado Coração de Jesus


Há meses que "namoro" este Sagrado Coração de Jesus em um antiquário da rua Rui Barbosa aqui em Salvador e, na semana passada, enlouqueci e comprei esta imagem de gesso em relevo sobre suporte de madeira. A imagem estava muito suja, mas perfeita e sem partes faltantes, mas é carente de um bom restauro que lhe devolva os tons originais, mas, no momento, eu mesmo fiz uma limpeza das sujidades maiores, dei uma pátina leve com um óleo fino, para dar mais um pouco de realce à peça que estava muito fosca, e só! Já coloquei na parede, no meu diário, e pronto. Quando eu tiver um "aqué" sobrando mando para um consertador profissional.
Eu acho as representações do Sagrado Coração de Jesus lindas, sejam em estampas ou desse tipo em gesso que eram tão usadas nas casas - toda santa casa tinha! - e era comum até os anos 60. Depois caiu de moda e sumiram das paredes. Outros tempos, outras adorações e acho que começaram a achar cafona as tais imagens, e daí o seu desuso. Mas é justamente o cafona, o exagero kitsch o que eu aprecio nelas. Acho até que, numa casa de decoração moderna, a imagem antiquada desse Cristo na parede fica muito bem, contrasta e dá um toque ótimo onde se queira colocar.
Mas aqui em casa eu a coloquei no canto dos meus santos e estampas, no lugar onde eu rezo. Coloquei bem no alto da parede. 
Como deve ficar.

Peles










Ilustrações que estão na Enciclopédia da Mulher de 1958, uma tradução de original francês.
Os assuntos: decoração, culinária, beleza feminina, moda. 
As peles receberam um capítulo: como usar e quando usar, qual a mais adequada para determinada ocasião, características, cores, como lavar etc. etc. Interessante de ler e perceber como o assunto pele e o seu uso era comum, até no Brasil, país que é um forno, mas que as loucas usavam por moda. 
Hoje, usar um casaco de pele só se for de animais criados em cativeiro para este fim, isto é, sem caça predatória. Se bem que esta atividade, este comércio é uma maldade. Criar bichinhos para matar, não! As peles nos casacos e roupas, hoje, só as sintéticas. 
Uma tia minha tinha esta enciclopédia. Há alguns anos, futucando em um sebo de São Paulo, achei o livrão e comprei.
Que obra necessária!!!

sábado, 17 de dezembro de 2016

Um Cadáver Gesticulante . Karen Blixen / Isak Dinesen







Eu gostava de colar nas páginas dos livros que comprava, fotos e textos que tinham alguma relação com ele. Neste livro sobre a baronesa e escritora Karen Blixen/Isak Dinesen que rendeu o filme Entre Dois Amores com Meryl Streep e Robert Redford, eu colei esta foto da autora que um amigo meu me mandou e também matérias de jornal sobre um filme posterior o A Festa de Babette.


Esta foto da escritora dinamarquesa é muito comum, está no Google pra quem quiser ver, salvar e escanear,mas esta aqui é um recorte da antiga revista Manchete, muito antes de Internet e da época que Karen Blixen voltou a ser moda a partir do filme Entre Dois Amores. Eu só fui conhecer o "cadáver gesticulante" nesta época e, é claro, adorei a figura da escritora.





Tem um ditado antigo baiano recolhido por Hildegardes Vianna que diz assim: "Quem tem tempo faz colher e borda o cabo".  Antigamente eu lia livros e colava recortes de jornal nas páginas, ou seja, eu tinha tempo de folga pra tudo, ou melhor, tinha tempo de fazer a colher e ainda bordar o cabo.
Mas o tempo a gente tem que saber regular: coisas chatas com coisas boas e aí o tempo não vira "problema".
Uma vez li uma entrevista com Carmen Mayrink Veiga em que ela dizia que tinha tempo pra tudo e que não entendia essa mania de as pessoas dizerem que nunca têm tempo pra nada. KKKKKKKKKK
Tempo. Tempo. Tempo.



sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Schiaparelli na Bahia!



Essa foto está no livro A Arte Brasileira da Coleção de Odorico Tavares editado em 1982 pelo Museu de Arte da Bahia e com textos de Antonio Carlos Magalhães, Godofredo Filho e Carlos Eduardo da Rocha. Odorico foi um jornalista, escritor, crítico de arte e colecionador, como o próprio nome do livro diz, de arte brasileira. Era pernambucano, mas viveu em Salvador, cidade que o acolheu e onde fez a sua carreira.
Por acaso comprei há alguns meses um livro dele que não conhecia - Os Caminhos de Casa - que são relatos, crônicas de viagens pelos Estados Unidos e Europa. É um livro delicioso de ler, pois sendo muito culto, Odorico Tavares escreve com desenvoltura sobre as obras de arte e artistas dos lugares visitados. 
O livro A Arte Brasileira eu tenho desde a época do lançamento. É tipo um catálogo com textos e fotos de Odorico com várias personalidades baianas, brasileiras e internacionais, como a estilista Elsa Schiaparelli - 1890/1973 - que, por incrível que possa parecer, baixou aqui na Bahia nos anos 50.
Essa visita na época deve ter rendido muito auê, muito tititi.
A foto é no interior do Palácio da Aclamação
Queria saber mais sobre Schia na Bahia! Será que ofereceram a ela um caruru???? Um acarajé com vatapá e pimenta?????? 
É bem capaz! 



As flores no decote do vestido parecem jasmins. Schia deve tê-los colhido nos belos jardins do Palácio e arranjado o bouquet no decote. 
Novidades e muita bossa era com ela mesma!

Abaixo trecho do livro de memórias de dona Yolanda Penteado, "Tudo em Cor-de Rosa" em que ela conta a passagem de Elsa Schiaparelli pela Bahia.

 


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Passeio Antiguinho . Casa no Passeio Público . Salvador


Nunca vi esta casa aberta ou sendo utilizada para alguma coisa. Também não sei quem ou qual família em priscas eras por ali morou. Do lado, descendo por uma escada na lateral da casa e que dá para um jardim, funciona há muito tempo um bar chamado Quintal.

 A casa deve ser do final do XIX, pois já vi fotos da época em que ela aparece.
Ao lado da casa está o Palácio da Aclamação, residência de antigos governadores da Bahia.








Do outro lado da rua e em frente à casa sempre vazia, oca, sem vida e sem serventia, está o Forte de São Pedro. Na foto, duas elegantes baianas em passeio e a guarita do forte.





Seguindo a parede do Forte este adornozinho solitário, que me parece já ter sido parte de uma antiga coluna, não sei, está, assim, fora do contexto. 
Mas acho ele muito engraçadinho e bonitinho perdido no espaço.

 !!! Quem sou eu??? Sou um resto de adorno que ninguém dá bola. Aliás, o dono do Antiguinho ainda me nota e dá valor. Reconhece a minha importância na paisagem urbana de Salvador.