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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Gato Preto de Ouro Preto


Depois de um período sem nada postar aqui no blog, continuo a minha saga com as fotos deste gato preto, ainda bem novinho e vivaz e natural de Vila Rica, Ouro Preto, onde fui parar de férias.
É um gato da raça brasileira de pelo curto, reconhecida graças aos esforços de Carmen Mayrink Veiga que, conseguiu que o nosso gato antes chamado de pé duro ou de raça indefinida, fosse finalmente visto como uma espécie de características definidas e com identidade própria. Natural do Brasil.
Na postagem anterior postei uma foto de um gato de pelo curto tricolor, mas baiano. Os dois são, portanto, irmãos de raça.


Neste muro larguíssimo de pedra, logo na entrada da cidade, ele estava espreitando um passarinho que tava por ali de bobeira. Estava doido pra agarrar e devorar a avezinha distraída.
Não sei se ele conseguiu o que queria, se a caça foi bem sucedida, pois fui bater perna pela antiga cidade, olhar, apreciar, fotografar e dar a minha nota. De 0 a 10.
Não cacei nada.
Comi pão de queijo. 

Passeio Antiguinho . Casarão da Associação dos Funcionários Públicos do Município . Rua Carlos Gomes


 Casarão onde funciona a Associação dos Funcionários Públicos do Município.
É lindo, adoro ele, mas deveria ser e estar melhor aproveitado.
Em todo caso, sempre está pintadinho de azul com os detalhes em branco. Limpinho.
Mas, neste casarão, deveria funcionar uma "coisa" mais elegante. Salvador ainda tem casas e casarões que poderiam ser mais valorizados, requalificados e reaproveitados pra uma "coisa" mais chique.
Requalificados para o luxo.
Por dentro, este casarão deve ser um deslumbre e o visual magnifico, pois a parte de trás dá para a Baía de Todos os Santos. Uau!

Nada a ver com esta postagem, mas, quando vejo a antiga Escola de Esperanto, esperando ruir, ir ao chão e ninguém fazer nada, dá uma tristeza! 
E o que dizer do Jandaia??
Visto. Nota 0 !



 Na frente do casarão parece que tem uma mini feira de Caruaru e uma lanchonete. 
Uma hora dessas vou parar para um geladinho e comprar um chapéu. 
De couro, evidentemente. E sair flanando pela Carlos Gomes.


 O interior.
 O gradil que protege as entradas das portas dos fundo é lindo. Lindo. Lindo.
Os ladrilhos nas paredes é feio. Feio. Feio.
A parte de dentro não me deixaram entrar, mas, na entrada já dá para perceber intervenções medonhas, como o ladrilho que sobe pelas paredes, por exemplo. Feio. 
E a casa, um casarão na verdade, é muito bonito. Estilo eclético. Bolo de Dolores Botafogo em altos confeitos de glace.
Glace em ponto de picos duros. Em ponto palácio. Neve.
Um scenário perfeito.

 "Ditalhe" do gradil. 
"Inglêz", evidentemente.

 Apuremos a vista!

 "Ditalhe" da porta por dentro. Observar a largura das paredes  forradinhas de ladrilhos. GROSSAS! LARGAS! ENORMES!
Revestidas assim, deve ser bom de limpar. Práctico.
É só passar um paninho...

 "Ditalhe" da grade e, em cima, uma Nossa Senhora da Piedade. Aliás, imagem bem a calhar: Piedade, Nossa Senhora!


Já disse que não me deixaram adentrar recinto, mas, por uma fresta, um buraco no gradil, deu pra enfiar, introduzir o meu daguerreótipo e bater umas chapas dessa linda escada em madeira que, pelo jeito, toda empoeirada, não sobe e não desce nada e nem ninguém há muito tempo! 
Deve estar fechada há muitos anos. Desde a guerra de 14, acho.
O prédio lindo como é e com uma escada linda dessa, deveria "phuncionar" alguma coisa bem fechativa, tipo uma casa de espetáculos com direito ao sobe e desce de longos e casacas.
O prédio poderia ser uma Theatro do Município, um Theatro de Variedades, um Theatro de Folias Brejeiras. 
Ou não. Um centro cultural. 
Chique é claro!


 A escada canta: "não pode alcançar os astros quem leva vida de rastros quem é poeira do chão".
Haja poeira no chão da escada! Podiam passar uma bassoura.

 Arrasante a escada. Aonde ela levará?? A um belo salão, suponho. Um salão de truz. A um salão lindo. De época!!!
Na parte de baixo, parece que fica uma copa, uma "cunzinha". 

 "Ditalhes" das portas.



A Calçada do Ostracismo na frente do casarão. Poderia ser... uma Calçada da Fama! Por que, não?
E as pedras portuguesas, estão até conservadas ou se conservaram - há pouquíssimos calceteiros na cidade -.
Até quando elas ficarão ali????????
Voltando aos calceteiros: deveriam ensinar o ofício aos jovens, há tantos desempregados na cidade. Acho um trabalho lindo, penoso, mas lindo. 
Só que não dá pra calcetar e olhar o smartphone.
Abafemos o assunto!



E o deus grego branco sobre fundo branco e cortado por fios da rede elétrica aponta para o céu pedindo: Piedade, Nossa Senhora da Piedade!!!!!

domingo, 15 de novembro de 2015

Senhor Bom Jesus do Bom Fim . Estampa


 Linda estampa do Senhor do Bonfim. Acho que pra caber na antiga moldura cortaram a estampa, mas tudo bem. Ela está a salvo e pronta pra entrar em outra moldura e ser colocada em uma  parede, dessa vez, a da minha casa.
O verso da estampa é uma maravilha com dedicatória e oração ao Senhor do Bonfim. Impossível ficar encoberto o verso, por isso vou colocar a estampa entre dois vidros pra aproveitar os dois lados.

 "Dona Zinha, uma lembrança assaz significativa do afilhado Genaro."
Assaz significativo, também, foi eu ter comprado esta estampa tão linda e tão cara a nós baianos.
O Senhor do Bonfim é uma devoção tipicamente baiana.

 ...É o que eu também peço ao Senhor Bom Jesus do Bom Fim, Dona Zinha!
Pelas suas Glórias Excelsas!


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Marlene Dietrich . Gal Costa . The Laziest Gal In Town


Marlene, Londres, 1972. 







Gal, Brasil, 1992. (...e retiraram o vídeo de Gal cantando!)
Xá pra lá: ouçam no no Youtube.



The Laziest Gal In Town de Cole Porter, foi cantada originalmente por Marlene Dietrich em 1950 no filme Pavor nos Bastidores de Hitchcock.
Em 1992, Gal incluiu a música em seu LP daquele ano que tem arranjo e violão de Marco Pereira e, ainda, a participação de Bobby Mcferrin.
Segundo o site Gal Recanto, Marlene Dietrich, coincidentemente, veio a falecer em 92, no mesmo ano da gravação de Gal.



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Ilustração de Moda de Roland Grau e "Pitadas" de Dadá


Revista Rio Magazine, 1954. 
Roland Grau tinha vindo ao Rio de Janeiro naquele ano para dar um curso de modelagem de sapatos. Era desenhista - ilustrador - e também criador de moda.
Na matéria ele fala que "um vestido tem que cair com absoluta naturalidade na mulher que o veste e que combine com a sua personalidade".
E diz: "Tristemente embaraçoso para todos, o cuidado e a preocupação de alguém constantemente ajeitando a bainha de uma saia, repuxando uma blusa ou escondendo um decote com o qual não se enquadra e naturalmente não se sente à vontade, usando-o." KKKKKK
"O vestir é uma composição plástica em torno de uma pessoa, como um estojo criado para uma determinada joia, uma moldura para um tipo de fotografia."
"Um vestido que nasce vem formar parte integrante do ambiente onde vai surgir."
A entrevista concedida por ele é totalmente de época e me lembrou o conceito de moda que tinha a minha amiga Dadá -  costureira do society baiano - e o palavreado usado por ela que era hilário, porém sábio. Como se diz, "falava de cadeira".
Para um decote mal feito, que não caía bem e não se ajustava ao colo, Dadá dizia: "o decote está bebendo água".
Para uma bainha mal feita e mal ajustada ao forro, que não ficava lisa, ela dizia: "está pegando arroz". KKKK, ditos e pérolas de Dadá!
Não sabia da existência de Roland Grau. Conheço René Gruau, o ilustrador francês. Pensei até que fosse um erro de grafia da revista porque o traço dos dois são parecidos. Mas não. Grau não é Gruau!
Roland Grau, mais um ilustrador e criador de moda! 
Que bom que sempre surge uma novidade velha.
Dadá dizia uma frase ótima: "Isto é dito e sabido". Em moda como, em tudo na vida, há o correto e o errado. 
O sabido e o dito de Dadá e de Grau, na moda.
Na vida, infelizmente, o errado está virando o correto, o corriqueiro no comportamento das pessoas e, nos salões - ainda existem? -, muita gente "bebendo água", muita gente "pegando arroz".
Isto é dito e sabido!   

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Senhora Herculano Tomás Lopes



 Revista Rio Magazine - Julho de 1954.
Destaque também para Dona Alzira Vargas do Amaral Peixoto. Catitérrima!



A Sra. Herculano Tomás Lopes é a minha, a sua, a nossa querida atriz Rosita Tomás Lopes - 1920/2013 - que fazia as granfinas mais maravilhosas nas novelas da TV. 
Finíssima e chiquérrima, às vezes davam a ela papel de pobre, nos quais, ela até se saía bem porque era boa atriz, mas, mas, era como a fina que ela se movia com desenvoltura em frente às câmaras. 
Fazer a fina era com Rosita, afinal, era fina mesmo! Frequentava a melhor sociedade do Rio e no tempo bom.........no tempo, aliás, em que eu também frequentava.....KKKK.
Ela tinha um sotaque diferente e eu pensava que fosse americana, mas, segundo o Google o nome dela é Rosa de Carvalho e Silva, portanto, brasileiríssima ou, quem sabe, portuguesa.
Adorava Rosita, a Senhora Herculano Tomás Lopes!







domingo, 8 de novembro de 2015

Um Recorte Elegante


Dentro de um livro de Ibrahim, O Segredo do Meu Su...Sucesso de 1976, mas que comprei em 79, encontrei este recorte que tinha colocado lá dentro, um recorte que é um deslumbramento. Um corte no tempo.

 Jink Falkemburg e Lia Mayrink Veiga.

 Lia Mayrink Veiga. Sem palavras.


Perla Lucena Matisson. O que dizer???

Brigitte Bardot . Coluna de Ibrahim Sued . 1977




Coluna de Ibrahim reproduzida em Salvador pelo Jornal A Tarde.
E BB não voltou ao cinema. Preferiu ficar escondida em seu "bungalow" na Madrague.
Bem fez ela! 

sábado, 7 de novembro de 2015

URCA! . Ai, que saudade eu tenho da Urca...


Um passeio na Urca, uma andada de ida e volta por um lugar lindo, tranquilo, silencioso e, o melhor, seguríssimo. Pode-se ir e vir à vontade, um direito que assiste a todos nós, mas que, hoje, se tornou um costume, uma condição rara e um privilégio - quando acontece -  para alguns seres em nosso país.
E eu fui um desses seres que, por uma tarde, desfrutei do meu direito de cidadão.
Vamos andar pela Urca? Não encontrei com Roberto Carlos, morador do bairro, mas senti o porquê da sua preferência pelo bairro: a tranquilidade, é claro!

 Em todas as pedras abaixo da balaustrada, jovens e senhores "em trabalhos de pesca". Não vi nenhuma mocinha em trabalhos de agulha. Infelizmente vi mocinhas grudadas no smartphone.

 Um tipo de escultura para sinalização de barcos, eu acho. Interessantch.

 Igreja de Nossa Senhora do Brasil que tem no altar, Santa Terezinha. Aliás este bater de perna pela Urca foi no dia 1 de outubro, à tarde, dia da santa. 
Pela manhã, estive na Igreja de Santa Terezinha em Botafogo que é totalmente art déco e lindíssima. Fiz fotos. Depois coloco aqui.




 Pão de Açúçar em nuvens. 
E lá vem o Cassino da Urca onde eu me apresentei muito nos anos 30 e 40...


 Me deu uma vontade de mergulhar nesta prainha...mas não sou de mar, sou de terra.
Mas, da próxima vez, eu vou de saída e um catalina por baixo. Composto, evidentemente. Um chapéu de ráfia, uma bolsa de palhinha bem alegre e com o dagelle dentro, é claro.
E, se der vontade, estiro uma artéx na areia e pronto.
E peço a alguém pra bater uma chapa: Estive na Urca!

 O cassino por onde passamos por baixo de colunas. 
Notei muitas lantejoulas pelo chão. Lantejoulas de época, é claro. Aquelas de metal.
Será que caíram da capa que encobria Virgínia Lane que, por baixo, praticamente seminua, usava um sumário biquini???
Acho que sim!

 TV Tupi.
Me lembrei de Flávio Cavalcanti. De Belinha. De A Grande Chance, de Um Instante Maestro! De Mister Eco, de Danuza Leão, de Denner Pamplona de Abreu... 
E deixe eu ficar por aqui, porque senão eu embarco para os anos 70 e não volto mais!
E olhe que amanhã é domingo!!!

 A calçada do Cassino da Urca. Carmen Miranda pisou aqui. 
E euzinho também!

 O interior do Cassino. Agora é tipo, "espaço" para exposições, parece que tem um centro de audiovisual, não sei. Só sei que não deve ter - obviamente - a cara do cassino quando da sua glória.
Agora é clean. 

 Colunatas!

 Entrada do Cassino.


 E vamos andando. Na areia um cesto de lixo de material plástico laranja. Verdadeiramente encantador. E útil. A prainha é limpíssima!!!!

 O belo Cassino. Que deveria voltar a ser cassino, mas aí, acabaria com a tranquilidade do local.
Já era. Já foi.

 Um casal em trabalhos de pesca. perguntei se rola peixe. "Quase nenhum", me respondeu o rapaz.


  Pimpolhos na balaustrada observando a pesca. 
Boa foto. Uma cagada amadora.

 E voltando.



 -Rola peixe, perguntei.
-Quase nenhum. Passatempo.





 Santo Antônio em azulejo na porta de um prédio. 
Infelizmente, não fotografei os prédios art déco que margeiam toda a Urca. São lindos, mas eu achei que iria incomodar, era tudo tão tranquilo por ali. Não vi ninguém pelas janelas. Entrei numas que iria invadir a privacidade dos moradores.
Da próxima vez, fotografo.

 Beleza!


 Vamos assistir à Grande Chance. Estou torcendo por Áurea Martins e você?

 Calçada bêbada.

 Número 13. Canal 6 . TV Tupi. Urca.


 Parte do Cassino que ainda vão restaurar.


E fim!